A mudança do meu marido

Kay Kiernan, dona de casa, mãe, avó e bisavó, Irlanda

O meu marido morreu já há vários anos. Tinha problemas com a bebida e a sua situação era difícil para todos. Quando entrei para a Obra ele não entendia a minha vocação e, durante algum tempo, ele não queria que assistisse a meios de formação cristã que a Obra proporciona. O que fiz então foi colocar essas dificuldades nas mãos de São Josemaria.

O meu marido começou a conhecer São Josemaria. Pouco a pouco foi mudando e chegou a ser cooperador. Às vezes, quando se dava conta que se tinha deitado e não tinha rezado a oração da estampa, levantava-se novamente para não deixar de a rezar.

Estou firmemente convencida de que o fundador do Opus Dei nos ajudou na nossa vida de casados. Chegou o momento em começámos a viver juntos algumas devoções. O meu marido perguntava-me: Já foste fazer a visita ao Santíssimo? Ou: Quando rezamos o Terço?

Como toda a gente, experimentei alegrias e sofrimentos com que Deus se quis servir para me aproximar dele. A minha vocação para o Opus Dei ajudou-me a dar-me conta de que as minhas ocupações como mãe e avó são o mais importante do mundo. Nós, as mães, necessitamos de uma fé forte para transmitir às gerações futuras. Por vezes os meus netos dizem-me: “Porque é que estás sempre contente?” e eu respondo-lhes: “Porque amo a Deus e Ele me ama a mim”.

Passou as suas últimas horas de vida nos Cuidados Intensivos. Precisava de respiração assistida e, antes de os médicos começarem a administrá-la, pediu-me que tirasse do bolso do seu pijama a estampa de São Josemaria para a colocar de modo a poder vê-la. Pu-la na parede que estava em frente.

O Opus Dei ajudou-me a estar na presença de Deus, a procurar que Ele seja o mais importante da minha vida. Aconteça o que acontecer, sei que Deus me quer e cuida de mim.