É a primeira vez que assisto à Missa de São Josemaria

Não sou católica nem pertenço ao Opus Dei, contudo, recebi a amizade e o carinho de todas as pessoas da residência Torrevista.

No Sábado, 25 de Junho, fui à Missa em honra de S. Josemaria Escrivá, o fundador do Opus Dei, na igreja de Santa Teresinha (San Juan, de Porto Rico). A igreja estava repleta de gente que, de uma forma ou de outra, se tinha sentido impelida e tocada por S. Josemaria Escrivá, e que compreendia a sua mensagem, cujos ensinamentos podem entrar fundo no coração de qualquer ser humano, sem importar a sua nacionalidade, cultura, língua, etnia ou religião.

Sem dúvida, a Missa foi um reflexo dessa diversidade que o Fundador do Opus Dei tanto gostava de ver. Crianças, jovens e adultos escutavam atentos e com piedade a homilia do Vigário Regional do Opus Dei, Mons. Justiniano Garcia Árias, que exortou os fiéis, à semelhança do que Jesus fez com os apóstolos, a serem pescadores de homens e a terem fé para lançar, novamente, as redes ao mar e fazerem uma grande pescaria.

Conto a experiência da Missa em honra de São Josemaria Escrivá, porque é a primeira vez que assisto a ela, e porque me tocaram o coração os seus ensinamentos, a sua dedicação e o seu amor ao próximo. Nesta data, faz também dois anos, que conheci o Opus Dei em Torrevista, residência para estudantes universitárias. Durante estes anos aprendi a procurar e a servir Deus através do meu estudo, do meu trabalho, do dia-a-dia. Não sou católica nem pertenço ao Opus Dei, contudo, recebi a amizade e o carinho de todas as pessoas que decidiram seguir a vocação e fazer o trabalho de que Deus as incumbiu.

O fato de milhares de pessoas assistirem à Missa em honra de S. Josemaria Escrivá pode considerar-se como que um contraponto da situação que a sociedade porto-riquenha atualmente atravessa: aumento da criminalidade e ataque à moral e aos valores cristãos. Ao ler estas palavras é lógico perguntar, porque falar de tempos difíceis e de um santo ao mesmo tempo? É simples: a presença de milhares de cristãos na Missa em honra de São Josemaria é uma amostra de que ainda há muita gente que confia no poder e na graça de Deus para viver uma vida de procura da santidade. É fácil pensar: como se pode pensar em apostolado e propagar o amor de Deus em momentos quase desesperantes na vida dos cidadãos porto-riquenhos? A esta pergunta S. Josemaria dá-nos uma resposta: “estas crises mundiais são crises de santos”.

Precisamente a santidade foi o que conseguiu S. Josemaria: vivendo momentos alegres e cinzentos, impelido pelo seu amor a Deus, à Virgem Maria e à Igreja, e oferecendo o seu sorriso constante. São Josemaria soube dar exemplo de que o impossível para o homem é possível para Deus. Este fiel e devoto sacerdote, canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002 ,soube propagar a mensagem profunda de que se pode alcançar a santidade na vida corrente. S. Josemaria recorda-nos que não é necessário separarmo-nos da sociedade para chegar ao céu e viver uma vida de entrega à fé segundo as nossas circunstâncias, porque mediante o trabalho diário pode-se servir e agradar a Deus. Isto foi o que exemplificou e ensinou S. Josemaria, segundo o que consta das Sagradas Escrituras: que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, em qualquer circunstância e em qualquer profissão, procurando ser fiéis a Deus, e que outras pessoas também o sejam.

Certamente, em tempos difíceis o mais importante é confiar em Deus e nos seus desígnios, mas também nestes tempos recordamos que hoje há festa porque um santo está no céu a interceder por nós, e esse é S. Josemaria.