Mãe do amor formoso

Eu encomendei os amores de todos a Santa Maria, Mãe do Amor Formoso. Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 121.

Eu sou a Mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da santa esperança. Lições que Santa Maria nos recorda hoje. Lição de amor formoso, de vida limpa, de um coração sensível e apaixonado, para que aprendamos a ser fiéis ao serviço da Igreja. Não é este um amor qualquer: é o Amor. Aqui não ocorrem traições, nem cálculos, nem esquecimentos. Um amor formoso, porque tem por princípio e por fim o Deus três vezes Santo, que é toda a Formosura, toda a Bondade e toda a Grandeza.

Amigos de Deus, 277

Noivado

Não sabeis que vosso corpo é templo do Espírito Santo, recebido de Deus e que não vos pertenceis? Quantas vezes responderão, diante da imagem da Virgem Maria, da mãe do Amor Formoso, com uma afirmação cheia de júbilo à pergunta do Apóstolo: sim, nós o sabemos e queremos vivê-lo com tua ajuda poderosa, ó Virgem Mãe de Deus!

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 121

Quis oferecer à Universidade de Navarra uma imagem de Santa Maria, Mãe do Amor Formoso, para que os rapazes e moças que frequentam aquelas Faculdades aprendessem d'Ela a nobreza do Amor — do amor humano também.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 105

O noivado deve ser uma ocasião para aprofundar o afeto e o conhecimento mútuo. E, como toda a escola de amor, deve estar inspirado não pela ânsia da posse, mas pelo espírito de entrega, de compreensão, de respeito, de delicadeza.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 105

Casamento

Àqueles que foram chamados por Deus para formar um lar, digo constantemente que se amem sempre, que se amem com aquele amor entusiasmado que tinham quando eram noivos. Pobre conceito tem do matrimônio — que é um sacramento, um ideal e uma vocação — quem pensa que a alegria acaba quando começam as penas e os contratempos que a vida sempre traz consigo. Aí é que o amor se torna forte. As enxurradas das mágoas e das contrariedades não são capazes de afogar o verdadeiro amor: une mais o sacrifício generosamente partilhado. Como diz a Escritura, aquae multae — as muitas dificuldades, físicas e morais — non potuerunt extinguere caritatem (Cant. 8, 7) — não poderão apagar o carinho.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 91

Matrimônio em experiência? Sabe bem pouco de amor quem fala assim! O amor é uma realidade mais segura, mais real, mais humana: algo que não se pode tratar como um produto comercial, que se experimenta e depois se aceita ou se joga fora, conforme o capricho, a comodidade ou o interesse.
Essa falta de critério é tão lamentável que nem sequer parece necessário condenar quem pensa ou procede assim: porque eles mesmos se condenam à infecundidade, à tristeza, a um afastamento desolador, que padecerão logo que passem alguns anos. Não posso de rezar muito por eles, de amá-los com toda a minha alma e tratar de lhes fazer compreender que continuam a ter aberto o caminho do regresso a Jesus Cristo; e que se se empenharem a sério, poderão ser santos, cristãos íntegros, pois não lhes faltará nem o perdão nem a graça do Senhor. Só então compreenderão bem o que é o amor: o Amor divino e também o amor nobre; e saberão o que é a paz, a alegria, a fecundidade.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 105

A castidade - que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada - é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar em si o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para o casamento, uma castidade daqueles a quem Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimônio.

A respeito da castidade conjugal, assevero aos esposos que não devem ter medo de expressar o seu carinho, antes pelo contrário, pois essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem e que sejam mutuamente leais, que se confortem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos.

Quando a castidade conjugal acompanha o amor, a vida matrimonial torna-se expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, a intimidade se destrói, e marido e mulher já não se podem olhar nobremente nos olhos.

É Cristo que passa, 25

Criados para amar

Não há outro amor além do Amor!

Caminho, 417

Se o amor, mesmo o amor humano, dá tantas consolações aqui, que será o Amor no Céu?

Caminho, 428

A oração contemplativa surgirá em todos sempre que meditarem nesta realidade impressionante: alago tão material como meu corpo foi escolhido pelo Espírito Santo para estabelecer sua morada..., não pertenço mais a mim..., meu corpo e minha alma — todo o meu ser — são de Deus... E essa oração será rica em resultados práticos, derivados da grande conseqüência que o próprio Apóstolo propõe: glorificai a Deus em vosso corpo [I Cor 6, 20].

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 121

Não duvides: o coração foi criado para amar. Metamos pois Jesus Cristo em todos os nossos amores. Caso contrário, o coração vazio se vinga, e se enche das baixezas mais desprezíveis.

Sulco, 800

“Influi tanto o ambiente!”, disseste-me. E tive que responder: - Sem dúvida. Por isso é mister que seja tal a vossa formação, que saibais levar convosco, com naturalidade, o vosso próprio ambiente, para dar o “vosso tom” à sociedade em que viveis.
- E então, se apreendeste esse espírito, tenho a certeza de que me dirás com o pasmo dos primeiros discípulos, ao contemplarem as primícias dos milagres que se operavam por suas mãos em nome de Cristo: “Influímos tanto no ambiente!”

Caminho, 376